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Como a música move o mundo

  • barbarablanco
  • Nov 20, 2018
  • 3 min read

Entenda todas as formas que a música beneficia e afeta as pessoas

Bárbara Blanco

João Francisco Freitas



Você já se pegou pensando em como uma música parece se encaixar perfeitamente na sua vida? E já sentiu aquela emoção ao ouvir uma melodia? A música é capaz de nos tocar e nos curar de formas nunca alcançadas antes. Mas afinal, por que ela gera tanta apego com o que na teoria seria apenas uma junção de repetições de sons?

Quando ouvimos canções que gostamos, o cérebro produz dopamina, que está ligada diretamente à sensação de prazer, por isso é algo que traz tanta alegria. Só no ato de ouvir-la, várias partes do cérebro são simultaneamente ativadas. Já ao tocar um instrumento, para o cérebro, essa ação é equivalente a uma atividade física completa.

Por isso, a equipe entrevistou duas pessoas que não só amam a música, mas como também a tem em sua vida profissional, para buscar entender melhor esse poder que ela detém. Bianca Malfatti (23), criadora de conteúdo no Youtube, possui um canal de covers com mais de 36 mil inscritos e Junior Vidal (25), criador das contas de Instagram chamadas Que Musicão (@quemusicao) e Eu Amo Forró das Antigas (@euamoforrodasantigas) que somam mais de 445 mil seguidores.

Bianca conta que embora a música sempre se tenha feito presente em sua vida, ela teve um significado maior ao ganhar seu primeiro violão aos 15 anos. “A música está intrinsecamente ligada a mim, hoje não me vejo sem ela. De maneira geral, ela é meu ponto de encontro. Gera um bem-estar, representa uma visão de um outro mundo e se faz presente como uma trilha sonora do meu dia a dia”, afirma a jovem.

Além de servir para entretenimento, as canções inclusive já se provaram eficientes no quesito medicinal. Para trabalhar especificamente com os benefícios trazidos por ela, foi criada a musicoterapia, que usa os conhecimentos da anatomia, fisiologia e psicologia do ser humano além das propriedades do som com o intuito de curar ou tratar condições físicas e psicológicas. Desta forma, ela melhora a qualidade de vida, facilita a comunicação e auxilia no estresse e ao aliviar dores crônicas.

Esta técnica já se provou bastante produtiva uma vez que mostrou resultados em doenças como: o Alzheimer ao estimular as memórias; doenças coronarianas ao regular os batimentos cardíacos; Parkinson ao auxiliar nas atividades motoras; transtornos de hiperatividade, atenção e epilepsia ao ajudar na concentração.

A musicoterapia também foca em problemas sociais, já que “a música tem o poder despertar o senso crítico e estimular o questionamento”, como diz Bianca. Junior Vidal fala sobre isso: “A música é um mundo que você encontra infinidade de histórias e situações. Utilizando ela como ferramenta você consegue extrair o que há de melhor e ajudar a combater problemas.”

Junior teve essa arte manifestada desde criança em sua vida e ao sentir necessidade de compartilhar sobre ela, criou a conta no Instagram. Ele diz que percebe como isso influencia no humor e nos comportamentos do outro. “Você vê pessoas chorando, pulando de alegria, se emocionando por lembrar de algo ou alguém escutando músicas. A maioria das pessoas que tem um carinho ou afeto por alguma melodia, com certeza tem alguma história por trás. Uma canção muitas vezes retrata a história de vida das pessoas”, conta o rapaz.

Existem hoje vários projetos e práticas musicais inclusivas que visam principalmente as crianças. No Brasil essa arte pode ser uma ferramenta para solucionar problemáticas de todos os tipos, especialmente no quesito social que é tão desigual no país, além de poder ser uma saída e forma de crítica às inúmeras dificuldades enfrentadas.

Alguns desses maiores projetos visam educar as crianças das periferias, a arte seria uma grande chance para armá-las com conhecimento e talvez dá-las uma chance. Temos diversos exemplos de atividades, como corais, orquestras e a teoria musical, todas buscando ensinar esses jovens algo que nunca aprenderiam em escolas públicas.

A música é, acima de tudo, uma forma de se expressar e denunciar qualquer injustiça, dessa forma, como Junior disse: “A arte nasceu da crítica e a música é arte. Qualquer tipo de situação vivida pelo ser humano, a música terá um apelo crítico”.

 
 
 

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